Ácido hialurônico ou bioestimulador, qual é melhor? Essa é uma pergunta que recebo todos os dias, seja no meu consultório, seja por meio das redes sociais.
E vou ser bem sincero: esse é um tema que no início também tive muita dificuldade. Saber quando tinha que usar um, e quando tinha que usar outro.
Mas com o tempo aprofundei meus estudos em estética orofacial, e o que é o ácido hialurônico e o que é o bioestimulador. Procurei entender os resultados que cada um trazia ao paciente.
E agora, quero compartilhar esse meu conhecimento também com vocês. Ou seja, a resposta da pergunta entre ácido hialurônico ou bioestimulador, está logo abaixo. Vamos lá!
O que é o envelhecimento?
Antes de entrarmos no tema, é preciso falar um pouquinho sobre envelhecimento.
Antes dos 30 anos, a nossa pele está com um viso lindo, há brilho, temos poucas marcas. Ou seja, ainda não entramos no processo de perda de colágeno, que vai iniciar após os 30 anos.
Antes desse período não é necessário o estímulo da produção de mais colágeno. Esse estímulo é feito com o bioestimuador, que é um produto biocompatível e que ao ser injetado no corpo, nosso organismo entenderá que ele faz parte do meio.
Portanto, como é um produto considerado natural, não vai gerar uma resposta de corpo estranho. E dessa forma, o organismo não vai querer expulsá-lo. É por isso que chamamos de biocompatível.
Há alguns tipos de bioestimuladores, como o Sculpra, o Radiesse. Ou seja, posso escolher um produto que é só bioestimulador e que não vai criar volume na face, como o Sculpra
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Preenchimento da pele
Mas também posso escolher um produto que vai atuar no preenchimento. Com o envelhecimento, temos a perda de volume de gordura, de volume de osso.
Aí, ao mesmo tempo que tenho a perda de gordura, será necessário o estímulo do colágeno. E esse é um ponto que nos fará escolher entre o ácido hialurônico ou bioestimulador.
Outro ponto é que o bioestimulador não tem antídoto. Por isso é preciso avaliar a região onde será aplicado, se anatomicamente ela tem um risco mais acentuado.
Por exemplo no nariz, olheiras, será que devemos fazer nessa região o bioestimulador?
Existem algumas regiões, independente da pele estar flácida ou não, obrigatoriamente precisamos ter segurança para fazer o preenchimento. Então nessas regiões irei usar o ácido hialurônico.
Principalmente em olheiras, na rinomodelação, e nos lábios. Nessas regiões, independente da faixa etária, da fase de envelhecimento e da qualidade da pele, nessas regiões só usamos ácido hialurônico.
Mescla de produtos
A partir dos 30 anos, onde já há uma perda de colágeno, onde já estamos gastando mais colágeno do que produzimos, será possível mesclar o uso de bioestimulador.
Se ao pegarmos na pele e sentir que há uma flacidez, porque não associar o ácido hialurônico com o bioestimulador?
Para reestruturar profundamente a pele eu uso o ácido hialurônico, já que os bioestimuladores não possuem a mesma grossura para sustentar e causar um efeito de lifiting na face.
Mas por cima deles, no subcutâneo, eu uso os bioestimuladores. Ou seja, eu posso associar os dois.
Desvantagens dos bioestimuadores
Outra desvantagem do bioestimulador é que eles contém uma substância chamada de carboximetilcelulose, que é uma substância em pouquíssimo tempo desaparece.
Ou seja, quando aplicado, em pouquíssimo tempo temos o efeito UAU, mas logo depois ela desaparece e a pele murcha.
Por cerca de 90 dias o carboximetilcelulose estará estimulando o colágeno, aí após esse período grande parte das pessoas tem perda do volume inicial. Essa é uma das grandes desvantagens dos bioestimuladores.
Pode ser que daqui a 90 dias seja necessário retocar. É preciso que isso seja deixado bastante claro para o paciente, que após esse período será preciso retocar o bioestimulador.
Claro que outros fatores também precisam ser considerados e há variação entre as pessoas.
É preciso considerar se a pessoa está com seus níveis de vitamina no corpo em dia, os hormônios estão legais, será que não serão necessários associar outros tratamentos para aumentar o estímulo de colágeno. Tudo isso precisa ser considerado e analisado com o paciente.
Desvantagens do ácido hialurônico
Mas se tenho perda de volume e flacidez associada, em regiões seguras como o zigomático, a mandíbula, o queixo, é possível usar o bioestimulador.
Em regiões onde há mais perigo, que são as regiões centrais, como têmpora, nariz, olheira, lábios, eu mesmo só uso o ácido hialurônico.
E como disse, é possível usar os dois, eles são amigos, e não inimigos, e um vai complementar o outro.
Existe também um produto novo no mercado, chamado de Harmoni-K. Ele usa esse defeito do bioestimulador, mas que perde volume após 90 dias, e adicionaram a estabilidade do ácido hialurônico.
As desvantagens do ácido hialurônico são:
- Durabilidade menor
- Não estimula o colágeno
- Não requer muita experiência
Com o Harmoni-K, eles uniram a qualidade do ácido hialurônico, que é a estabilidade de preenchimento, com a perda de volume da hidroxiapatita de cálcio, que é o bioestimulador. Ou seja, eles uniram a hidroxiapatita com o ácido hialurônico e fizeram um produto só.
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Considere cada paciente
Mas o que deixo para vocês é que ao fazer a escolha entre o ácido hialurônico ou bioestimulador, considere a qualidade da pele e perda de volume do paciente.
Por exemplo, se a pele é boa, independente da idade, não há necessidade de repor colágeno.
Mas se a pele está flácida, e há perda de volume, com certeza a melhor escolha será o bioestimulador.
É preciso também considerar a região onde será aplicada, se é perigosa ou não. A experiência do profissional também contará muito.
Com o tempo, conforme sua curva de aprendizagem sobe, você poderá usar os bioestimuladores que vão durar mais, vão estimular a produção de colágeno e seu paciente ficará mais satisfeito e você o fidelizará, que é o mais importante.
Espero que tenha respondido a pergunta sobre ácido hialurônico ou bioestimulador. E caso queira aprofundar seu conhecimento em preenchimento facial, confira a imersão no MD Codes que estou preparando. É só clicar no botão abaixo e já fazer sua inscrição gratuita!